quinta-feira, 8 de abril de 2010

sangue, suor e lágrimas.

- Não. - Foi o que foi solto da sua boca. Seus olhos pediam para acreditarmos. Eu, grande e experiente leitora de olhos, acreditei fielmente em cada letra dita. Quase duvidei quando negou o que disse posteriormente e por fim reinou o sim.
Ele já não poderia mais sorrir, seus lábios ressecados sangrariam se isto fizesse. Já não tinha motivos então pra viver. Alguns cigarros amassados no bolso, uns goles de alguma bebida de grande teor alcoólico e uma esperança de dias melhores.
Seria bem melhor se o vilão fosse um outro alguém, do qual o visse como bonzinho e que a apartir dele o público aplaudisse a sua vitória. Só que esse outro alguém era ele mesmo, e agora, a briga era pra ver sua morte. Tardes vazias, violentas e pesadas. Onde o peso da consciência faz com que fiquemos na cama. Este era o seu silêncio, matando o horizonte.
Nunca gostei tanto de histórias de amor bem sucedidas, e talvez, por isso já não tenha me aproximado tanto dessa até chegar bem pertinho do gosto do fim. Saboreio histórias que envolvem sangue, suor e lágrimas. E só disponibilizo minha mão pra ajudar as pessoas que já estão na beira do abismo. Chegou minha hora afinal de demonstrar minha compaixão por começo do embalo dessa carroça.
- Mas eu me arrependo - ele continuou
Então estava certa de que era possível perdoá-lo.

3 comentários:

Comente. comente, comente, comente !