Ainda era só inocência de pós-criancisse imatura. Era só sede de ausência e vontade de comportamentos não controláveis. Procurando aquele tão famoso caminho de gente perdida do qual tanto falo, que às vezes é guiado pela diversão. Eram só luzes dessas que brincam e pintam os ambientes, com um pouco de riso exagerado e esperança.
Era inocência porque não sabíamos que tínhamos passagens compradas pro inferno, não sabíamos que não deixaríamos nossas mentes vagarem pelo acaso. Ela era controlada pela vontade e, principalmente, pelo medo. Não era um inimigo desconhecido, no fundo tremíamos frente a nós mesmos.
Dali a pouco viriam se arrastando os nossos maiores temores, as mais doloridas vertigens de cada uma daquelas almas machucadas. Cada visitante viria preparado pra atingir especificamente o que mais dói, o que derruba. Trazendo como armas nossas antigas lágrimas em formas de veneno.
É nocivo sim, muito perigoso aliás, encarar a realidade. O problema, que vem logo em seguida, é que toda fuga é muito arriscada. Sempre que decidimos fugir, de início, a vontade é mais de fugir de nós mesmos do que de algo que por ventura nos incomoda. Logo, desejamos tanto de forma insegura perder nossa consciência que optamos por sangrar os ouvidos.
O interesse nós serve como pernas, não é verdade? Os nossos olhos são a necessidade, e a mente sempre acaba perdendo posto pra qualquer uma das anteriores.
Nada é mais interessante e necessário pra mim do que dar umas boas risadas acompanhadas de palavras sem sentido nenhum. Com ortografia errada, sem gramática e ática nenhuma. Sem pudor, sem alergia, sem hipocrisia...
Com satisfação.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
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quanto mais eu te entendo, mais você me entende, caobs.
ResponderExcluiré porque eu divido um milhão de ideias com você, sinto saudades!
ResponderExcluirQuando quiser um abraço, me liga!