quinta-feira, 25 de março de 2010

6:20

Evitava ao máximo mover meus olhos para trás, buscava farsas pra olhar a frente e manter minha irís bem frontal, pra evitar qualquer evidência de que apenas-somente pensei ou tive curiosidade de revirar meus olhos um só minuto. Já nada mais era interessante, tudo agora era muito fraco e águado comparado ao que tinha acabado de quase-ver, nada poderia comprar minha fixação no mundo, quando o mundo parecia estar bem atrás de mim.
Logo, achei que fugir um pouquinho das minhas mentiras não me faria falta, e lá estava eu me enganando mais uma vez. Jurei pra mim que observar em um tempo superior a alguns segundos seria terminantemente proibido.
No entanto,
não sabia que permaneceria a eternidade costurada em seus lábios, em seus olhos. Como pude não perceber que já tinha me enganado tantas vezes na mesma situação e que pra mim, mas uma não seria nada? Quebrei a minha própria promessa e apartir dali não teria mais confiança em mim, mergulhara em um mar de mentiras. Poderia me sentir nojenta, cruel, burra, falsa, mentirosa por esses motivos se todas as minhas celulas não tivessem ocupadas naquele momento, sentindo idem, só que por estar tão perto da perfeição.
Desapreendi a corar, cantar, dançar e todas essas coisas que terminam com AR, este que também perdi, desaprendi o que nem tinha pra aprender ainda.
Como pedra enferrujada permaneci ali, petrificada, por mim eu passaria o infinito a olhando, relutara com meus antigos desejos e pediria até pra deus, se fosse necessário, pra viver eternamente só pra saber que estaria em um mundo da qual existe. Só que aí está, não estava em sintonia com este e acordei assim que, no sonho, iria andando para seu lado.
-6hrs20min, acorde é hora da escola.

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