Um abraço molhado se é que posso descrever assim, não molhado por ter água sobre o nosso corpo. Mas porque ela estava sendo, pra mim, tão volátil quanto a água. Não podia abraça-lá nem apertar suas mãos porque ela fogia de meus dedos e de meus braços, evaporava igualmente diante de meus olhos quentes.
Logo percebi que sumira bem a frente dos meus olhos e tentei em braçadas desesperadas prendê-la. Mas, e se não quisesse? Não tinha o direito de decidir, isso já não pertencia a mim e ela tão pouco nunca pertenceu a ninguém, lógico.
Com minha grande ignorância em anatomia, não sei que órgão fica entre meus peitos, ou se existe algum. Mas em mim, sua dor corresponde a um emocional ruim e ele doía como nunca agora.
Fiquei fitando seu corpo se tranformando em gotas e indo contra o vento, no meu rosto, borrifando pequenas gotas de água que se misturavam a umidade de minhas respectivas lágrimas.
Ai...Como queria abraçá-la e sentir sua carne e seu osso, contra meu abraço e ter certeza que estava ali e que eu estava ali pra ela. Não, deve imaginar que não houve essa oportunidade, nem tive a possibilidade de ouvi-lá por exemplo, porque tudo se transformara em silêncio, quando tudo o que queria era barulho de sua voz.
Chorava calada, muda de olhos bem fechados. Já não me restava voz nas cordas. Estava tudo molhado, tudo errado, encharcado e tudo que eu fazia? Chorar, mesmo sabendo que só aumentaria a grande quantidade de liquido dali.
Pano, balde ou geladeira?
sexta-feira, 26 de março de 2010
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Geladeira;
ResponderExcluirMas a geladeira é tão congelante ):
ResponderExcluirBalde =/ -liz F
ResponderExcluirdeixe de ser fofa menina !
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