sábado, 20 de março de 2010

cemitério familiar.

Nada era falado e muito menos seus olhos estavam fitados nos meus. Silêncio habitava aquela mesa como o que habita um cemitério. Era tão vazio, tão desconhecido. Pareciam que duas estranhas agora se sentavam em uma mesa. A diferença é que não houve comprimentos nem apresentações.
A mente não, esta que nunca se cala ficou ativamente participando de um monologo onde se punia, se amava, se odiava e sorria.
Somente um relacionamento baseado em mesuras obrigatórias; submissão.
- O que está pensando? - disse ela.
Essa é a hora que diria que não concordo com ela, que não gosto de suas atitudes, que tão pouco entendo seus racinio e que detesto suas palavras. deveria dizer tudo isso, mas, não.
- Nada - foi o que eu disse.
-Como pode pensar em nada?
Queria eu que minha mente ficasse em silêncio ou não pensasse em nada, queria mesmo aprender a fazer isso, mas uma coisa que aprendera é a mentir.
-Eu consigo - E o assunto se encerrou ali.

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